CRÔNICOS
O dono da casa
dita as regras do jogo...
é ele que controla o agora
no instante que tudo já passou.
O senhor dos presentes,
carrasco de todo querer...
nada foge ao seu olhar
e ninguém pode olhar em seus olhos.
Todos presos em seus números,
setas que não indicam a direção...
pés amarrados no centro do mundo
e algemas voluntárias nas mãos.
Ele é o guardião da entrada,
o proprietário do dono,
ninguém encontra a saída do círculo...
o dia é só outra volta no carrossel.
Ele é o seu mestre,
ele comanda a mim
e não há quem não o tema...
o destino é sua diversão.
As pessoas correm contra ele,
mas todos dormem em sua morada...
Ele nos tem na palma
e ninguém é capaz de prendê-lo.
Selvagem é o tempo
que desposou-se com a Dama do Luto...
Ele domina o indominável
e atende os pedidos deixados de lado.
O sempre inicia sem começar,
termina sem nunca acabar...
Aonde o futuro se adorna de pressa,
o eco recai sobre o passado.
terça, 22 de julho de 2025