EVEREste
Sinto o voraz apetite do fogo
incendiar este peito por dentro
transformando sonhos em cinzas.
A inspiração escapa intoxicada...
o ar que respiro me entorpece
como broto soterrado no Evereste.
Meu desejo sofre infecção
e o remédio é um estalo na face
que me adormece da realidade fria.
É um despertar para o devaneio,
profundo oceano que os olhos parem
no silêncio que asfixia a alma.
sexta, 18 de julho de 2025