NADO AO NADA
Tanto penso preso no peito,
A vontade engolida a seco...
Da escuridão à luz que me cega,
Nunca encontro a hora certa.
Deixei para trás meu último pra sempre
como quem segue em frente olhando o retrovisor...
Memórias que remonto e me desmonto,
águas passadas formando nuvens de ardor.
Não sei se um dia volto...
estou nadando tempestade adentro...
Perdido distante do porto,
tão perto do bom e velho nada.
Eu sou a ilha que eu mesmo piso,
prestes a afundar no horizonte...
Um ponto final no meio do infinito
aguarda o meu procrastinado adeus.
domingo, 01 de junho de 2025