PONTES DE CRISTAL
Feche os olhos para poder ver,
Ouça a quietude sussurrar…
Onde o broto vem nos florescer;
Há um passadiço a esse lugar…
O vento balança a caminhada,
À frente o amor, abaixo o mar.
O coração sangra sem morrer…
É como o sol que respeita o gelo.
Cores que transcendem a paisagem natural,
Sutil audácia de cativar o Belo…
Uma singela fragrância poliniza a alma
Na “verdância” de, num futuro, tê-lo.
Travessia segura entre as nuvens,
Pés que voam quase divinal;
Iluminados pelo calor do ouro,
Coragem de essência tal cristal.
A cada raiar um novo sonho…
Devaneios que fecundam o trágico real.
terça, 08 de abril de 2025
Nota:
“Verdância” — termo poético criado a partir da fusão de “verde” (símbolo da esperança) com “ância” (ânsia, desejo). Representa o anseio esperançoso pela plenitude do Belo. É espera passiva com desejo ativo.