Lá vai o vento
    Cortando o sertão;
    Joga areia para o alto
    E as folhas no chão
    Vai vento fresco,
    Refrescar o suor do sertanejo.
    Vento divino, que leva e traz fertilidade
    Traga junto de ti, a chuva...
    Atende este meu desejo.
    Vento, que bons ares os trazem?
    Quando fordes leve os males,
    Os perca na viagem...
    Para que, a ninguém, eles cheguem.
    Vento, que o sertão incisa...
    É de água que teu habitante precisa;
    Eis que de força
    O sertanejo é nutrido,
    E coragem não lhe falta;
    Tem a honestidade como sua arma.
    Vento que me dá contento...
    Traz um pouco
    Desta bravura no sustento,
    Pois sou tão fraco
    E nem me comparo a este homem de aço.

            Maximiniano J. M. da Silva - quarta, 14 de Janeiro de 2009