Recanto de meus pensamentos...

"É a minha vida... é agora ou nunca"

Textos

Lua e Sol
    Lá está Jon, em seu quarto, sentado na poltrona de frente pro
computador.
    A chuva cai lá fora, e faz muito frio onde Jon se encontra;
    O mesmo se debruça na mesa do computador, imaginando e querendo
saber onde Felishye está...
    Olha para seu relógio e logo após, fixa sua visão no telefone,
ansioso ao chamado dela;
    Felishye, também no quarto, mas distante, à quilômetros dali... o grita
em pensamento;
    Jon levanta-se da poltrona, apaga todas as luzes e deita-se na
cama,...
    Chora, chora e chora, mas, tornou-se invisível em meio a escuridão;
    Felishye encontra a foto dele, em cores preto e branco...
    Imediatamente, a mesma abre a gaveta de seu guarda-roupas, porém, a
encontra vazia, como todo o ambiente onde está.
    Ela não entende as anomalias que ocorrem, e indaga-se, sem êxito nas
respostas;
    Sente saudades de Jon, e questiona-se, preocupada em saber onde ele
está.
    Ela olha para o telefone, que está no cantinho da estante e deseja
também, ouvir o chamado dele;
    Percebendo que o aparelho não demonstra atividade, volta o olhar
para a foto, que antes, composta por duas cores, agora está bela, com
todas as perfeições de uma fotografia, com todas as cores necessárias
para expressar o rosto de Jon;
    Em seguida, abre novamente a gaveta, que misteriosamente, está
repleta de fotos dele, e em cima das mesmas, está a chave de seu carro;
    Onde meu amor está? pergunta-se ela.
    E Jon, concomitante, faz-se a mesma pergunta.
    Ele continua chorando, porém agora, enxerga-se suas lágrimas,
brilhantes como diamante, que ficam pairando no ar, onde de seus olhos
caem como a chuva;
    Ele levanta-se da cama; acende as luzes; e sai correndo de seu
quarto, rumo a garagem, onde se localiza sua moto;
    "O céu já está limpo!" pensou...
    Felishye pega a chave da gaveta; corre em direção a seu carro; entra no
mesmo e põe a foto que segurava, no painel;
    Ambos ligam os automóveis e saem em alta velocidade, rumo ao
desconhecido.
    Jon aproxima-se de um túnel e segura o celular;
    Felishye, já na estrada reta, pega o celular e faz a discagem para o
aparelho celular de seu amor;
    A mesma não consegue concluir a ligação; apenas dá sinal de
"chamando", mas ele não atende; ela pensa que Jon não quer lhe
atender;
    O túnel é escuro e do outro lado, só se vê as lágrimas cristalinas
de Jon
flutuando no ar, sendo deixadas para trás. neste momento, seu aparelho
de telefone, fica temporariamente fora de área;
    Com tudo, Felishye não percebe que há uma ponte quebrada na estrada e que
é impossível de atravessá-la...
    Mas, neste instante de distração, também não percebe a enorme magia
que envolve seu carro, onde nuvens se deslocam para a tal ponte,
tornando o impossível em uma absurda mágica, que faz com que seu
automóvel atravesse ileso pela ponte;
    Jon, chegando a uma determinada praia, desliga a moto e senta-se na
areia, quando após, pega o celular e liga insistentemente para a casa
de sua amada Felishye, mas, não obtém sucesso...
    Distraído com a ligação, não percebe um carro se aproximando. O
de Felishye.
    Ela, por sua vez, ao descer do carro,  também não o vê sentado na
areia, e olha para a lua...
    Ao mesmo tempo, ele também está olhando para o astro que os
refletem...
    Ambos se vêem.

    Tal como todas as pessoas deste mundo, não
compreendem as magias do amor, que nos atos mais absurdos, acabam sempre
levando-nos para perto do nosso ser amado, onde nem sempre as lágrimas
tornam-se visíveis, seja ela na escuridão ou na luz do Sol.

            Maximiniano J. M. da Silva - sábado, 24 de Março de 2007
Max Moraes
Enviado por Max Moraes em 07/06/2008
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